terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Artigo de Design-Based Research (DBR)

O estado da arte da investigação com base em Design


  1. Quais os aspectos mais inovadores da abordagem apresentada?
Ann Brown (1992) e Allan Collins (1992) introduziram o termo design experiment em 1992 como uma abordagem inovadora para pesquisa educacional. As bases da abordagem, no entanto, foram criadas muitos anos antes, também conhecida como desenho de experimentos, projeto de pesquisa ou investigação baseada em design,por outros pesquisadores. A abordagem apresentas pontos inovadores tais como:
_O teste e refinamento é realizado nas configurações do mundo real.
_DBR tem potencial para revitalizar as abordagens de investigação existentes em tecnologia educacional.
_Mesmo que as configurações de investigação mude radicalmente, o objetivo permanece o mesmo com uma base empírica sólida.
_Uso de muitas estratégias de recolha de dados diferentes incluindo transcrições de áudio, revisões de carteira de estudante, avaliações de e-mail entre os professores, observações etnográficas e vídeo.
_Características essenciais da abordagem:

resolução de problemas complexos nos contextos reais em colaboração com os profissionais;

integrando princípios de design conhecido e hipotético affordances tecnológicos para processar plausíveis soluções para esses problemas complexos;

realizando consulta rigorosa e reflexiva para testar e refinar a ambientes de aprendizagem inovadoras, bem como para definir novos princípios de design.

  1. De que forma se relaciona com as abordagens tradicionais descritivo/qualitativo e/ou experimental/quantitativo?
Existem muitas variáveis que não podem ser controladas em experimentos de concepção, os pesquisadores devem "tentar otimizar tanto o design quanto possível e para observar atentamente como os diferentes elementos estão trabalhando, tais observações, exigem métodos quantitativos e qualitativos, embora aja incerteza da Comunidade de pesquisa educacional. No momento, há divisão entre investigadores que defendem métodos estritamente quantitativas ou qualitativas e consideram que "métodos mistos estão longe de ser comum" Além disso, a realização de experiências de desenho não oferece um procedimento formal para a combinação de dados coletados por meio de métodos mistos.


  1. Que dificuldades antecipam na sua implementação?
Existe um consenso geral que normas DBR precisam ser definidas, abordando questões como:

Quais tipos de conhecimentos deve DBR se esperar gerar?
Que exigências teóricas devem ser impostas  a DBR?
Que tipos de investigação podem ser considerado DBR?
Que tipos de investigação podem ser considerado DBR?
Que tipos de conhecimento podem DBR se espera gerar?
Como pode DBR contabilizar a geração de quantidades extensas, muitas vezes excessivas, de dados?
Que exigências teóricas devem ser impostas a DBR?
Que normas devem julgar a qualidade da DBR?
Em que medida pode DBR ser classificado como científico?



4) Quais as principais implicações/conclusões?

Os autores abordam vários pontos importantes sobre a natureza da DBR, são discutidos incluindo suas características essenciais, a introdução e o refinamento dos conceitos teóricos, a amplitude teórica da abordagem, seus fundamentos científicos e a unidade de investigação socialmente responsável e há vários modelos teóricos que tentam descrever as características do DBR, bem como uma variedade de teorias de aprendizagem.
Bannan-Massaru (2003), apresenta cada etapa da DBR sob as principais rubricas de "exploração, (b) promulgação, (a) informado (c) a avaliação: impacto Local e (d) avaliação: impacto mais amplo" .
Reeves (2000) propõe estágios de DBR usando títulos semelhantes mas mais descritivos: "Análise de problemas práticos por pesquisadores e profissionais," "b desenvolvimento de soluções com um quadro teórico,"(c)"Avaliação e teste de soluções na prática,"e (d)"Documentação e reflexão para produzir 'princípios de design'.
Há um consenso geral que normas DBR precisam ser definidas.
Os autores levantam mais perguntas do que respostas neste momento.



REFERÊNCIA:

MURDOCH RESEARCH REPOSITORY

Peterson, R. and Herrington, J. (2005) The state of the art of design-based research. in: World Conference on E-Learning in Corporate, Government, Healthcare, and Higher Education(ELEARN)2005, 24-28 October 2005, Vancouver, Canada.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

HIPERESPAÇOS PARA A EDUCAÇÃO FORMAL, NÃO FORMAL e INFORMAL

MESTRADO EM COMUNICAÇÃO EDUCACIONAL MULTIMÉDIA

UC – HIPERESPAÇOS DE APRENDIZAGEM

HIPERESPAÇOS PARA A EDUCAÇÃO FORMAL, NÃO FORMAL e INFORMAL

Docente: Daniela Melaré

Mestrandos: Maria Cristina Massondo Pereira

Emanuel Filipe Marques Silva

I

Vivemos hoje, uma intensa virtualização em todos os aspectos de nossa vida e com a educação não é diferente, todos os dias temos novas possibilidades dos novos recursos e novas formas de ensinar e aprender.

A educação no virtual exige, novas formas de ensinar e aprender e para tal, é necessário que se perceba as potencialidades e possibilidades existentes de ensinar e aprender, basta entender, compreender as caracteristicas, elementos e possibilidades existentes hoje no virtual. Nessa nova realidade educacional em que vivemos o processo ensino aprendizagem vem a ser imensamente facilitado e enriquecido nesses novos e potencias ambientes virtuais de aprendizagens, potencialidades estas que não se estagnam na capacidade do recurso a ser utilizado, pois facilmente combinamos esses recursos e ampliamos de forma imensurável tais possibilidades de ensino e aprendizagem em qualquer maneira que estes possam ocorrer seja presencialmente, seja no ensino aprendizagem a distância e ou ainda informal, não formal ou informalmente.

No contexto empresarial, esta aprendizagem é muito importante e as TIC têm um papel cada vez mais importante, nomeadamente a Internet.

Há já algumas empresas, que se preocupam com esta temática, e consideradas “pioneiras” ou early adopters conforme o “Estudo Aprendizagem Informal e Utilização das TIC nas PME Portuguesas” produzido pela Associação Industrial Portuguesa.

Conforme o diagrama seguinte, podemos perceber que no contexto empresarial, as TIC, e os hiperespaços de aprendizagem potenciam de facto a aprendizagem informal.

A organização deve adoptar estratégias de formação incentivando os trabalhadores numa primeira fase a adquirirem as competências necessárias a nível das TIC, para numa fase posterior integrá-los em redes de aprendizagem, onde possam trocar conhecimentos e experiências. Desta forma, as empresas conseguem ter recursos humanos bastante especializados e com elevado número de competências e conhecimentos, potenciando assim a capacidade de resposta da empresa às crescentes exigências do mercado.



Porém, ainda existem alguns entraves à utilização das TIC com objectivos de aprendizagem em contexto empresarial, no sector da industria.

É necessário criar uma estrutura na organização que promova este género de aprendizagem, estabeleça os canais necessários entre os trabalhadores, as suas expectativas de aprendizagem e as necessidades da empresa, disponibilizando espaços virtuais e acesso aos mesmos com conteúdos formativos referentes às áreas de trabalho da empresa, e também com outros conteúdos interessantes aos seus trabalhadores com vista a potenciar os seus conhecimentos. Ao criar este clima de aprendizagem, todos saem a ganhar, e sem dúvida que as TIC são um excelente parceiro.



Ensinar no virtual significa não somente utilizar ferramentas e aplicativos da Internet, mas principalmente saber utilizar esse aplicativos, softwares, interfaces e recurso como forma e como conteúdo.

Aprender no virtual, deve-se ter o uso contínuo e a aprendizagem pode ocorrer de maneira formal, informal e não formal. O virtual é por si só um espaço de aprendizagens contínuas, oferece-nos oportunidades de escolhas e formas de escolhas que nos ensinam na medida em que temos de ler, assimilar e aprender as utilizar tanto recursos como opções e serviços disponibilizados.



APRENDIZAGEM FORMAL:

A educação formal tem objectivos claros e específicos e é representada principalmente no ensino escolar institucionalizado, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturado, pelas escolas e universidades. Depende de uma directriz educacional centralizada como o currículo, com estruturas hierárquicas e burocráticas, determinadas em nível nacional, com órgãos fiscalizadores dos ministérios da educação.

A aprendizagem formal está vinculada a objetivos, competências e habilidades e para isso conteúdos específicos são trabalhados e há uma série de elementos didático-pedagógicos sobre o uso desses potenciais.

Nas escolas, também o ensino está em constante evolução, por isso a utilização das TIC neste contexto tem ganho muita importância.

Com o acréscimo de utilização das TIC por parte dos adolescentes e jovens em contexto não-formal, através das redes sociais e outros espaços virtuais, a aprendizagem formal, pode e deve fazer uso desta oportunidade a fim de aproximar os conteúdos educativos dos alunos.

Os hiperespaços de aprendizagem e a aprendizagem formal:

Plataformas virtuais de aprendizagens - Ambientes virtuais de aprendizagens Moodle, Eproinfo, Teleduc, etc...

Blogues - Interação assíncrona, amplia do processo ensino aprendizagem para além da sala de aula, partilha de informação e proporciona feedback;

wikis - Interação assíncrona, pode incluir imagens e sons;

E-portefólios - Interação assíncrona, permite registro e auto avaliação;

E-books - Interação assíncrona, circulação e atualização de textos e conteúdos.

APRENDIZAGEM NÃO FORMAL:

A aprendizagem não-formal, define-se como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino.

Relativamente à aprendizagem formal, a aprendizagem não-formal é mais difusa, menos hierárquica e menos burocrática. Os programas de educação não-formal não precisam necessariamente seguir um sistema sequencial e hierárquico de “progressão”. Podem ter duração variável, e podem, ou não, conceder certificados de aprendizagem.

Este tipo de aprendizagem é normalmente associado a empresas exclusivas ou não de formação que disponibilizam cursos de duração variada, específicos e vocacionados para um publico alvo.

Os hiperespaços de aprendizagem e a aprendizagem não formal:

Foruns - Interação assíncrona, cria noção de comunidade, proporciona discussão e construção coletiva;

Tutoriais - Interação assíncrona, facilita o acesso a ferramentas, partilha de informação;

wikis - Interação assíncrona, construção coletiva;

Chat - Interação síncrona, motivação comunicação em tempo real, facilita a criatividade, e a noção de comunidade.

Youtube - Interação assíncrona, partilha de vídeos, registos, atualização;

Grupos - Interação assíncrona, partilha de informações, construção coletiva.


APRENDIZAGEM INFORMAL:

A aprendizagem informal é aquela na qual qualquer pessoa adquire e acumula conhecimentos, através de experiências diárias em casa, no trabalho e no lazer.

A aprendizagem informal é baseada na aquisição de conhecimento através de estudos e experiências auto-motivadas e com a globalização e a Internet, é possível expandir os horizontes interagindo com outras pessoas que já resolveram ou têm uma visão ampliada. As redes sociais configuram-se num espaço totalmente propício à educação informal, pois proporcionam recursos e serviços virtuais que facilitam a interação, socialização, partilha e construção colaborativa de conhecimentos.

Os hiperespaços de aprendizagem e a aprendizagem informal:

Blogues temáticos - Interação assíncrona, amplia do processo ensino aprendizagem para além da sala de aula, partilha de informações, facilita a autoria e proporciona feedback;

Chat - Interação síncrona, motivação comunicação em tempo real, facilita a criatividade, e a noção de comunidade.

Fóruns - Interação assíncrona, cria noção de comunidade, proporciona discussão e construção coletiva;

Games - Interação síncrona/assíncrona, explorar diferentes identidades, motivação colaboração;

Redes sociais - Interação síncrona, motivação comunicação em tempo real, facilita a criatividade, espontaneidade, noção de comunidade.

Lista do Top 100 hiperespaços de 2011:


CONCLUSÃO:

Encontramo-nos perante uma nova era educacional onde predominam a utilização de novos espaços de aprendizagem colaborativa e interativa. Esta evolução obriga a uma nova abordagem e desenho de novos modelos pedagógicos centrados na autonomia, na flexibilidade e no aluno através dos hiperespaços de aprendizagem, onde o aluno é o sujeito ativo e construtivo de seu próprio conhecimento.

Os hiperespaços para a educação formal, não formal e informal abrem novas possibilidades na aprendizagem ao longo da vida, contudo é importante não descorar os desafios que apresentam. O paradigma do virtual possibilita entender uma nova potencialização do processo ensino aprendizagem, pois este oferece novas diretrizes para a educação.

Quanto à educação formal é importante flexibilizar os conteúdos programáticos, de forma a acompanhar as novas mudanças, como refere Siemens, “Elearning and flexible learning are closely linked. Essentially, elearning is the realization of the theoritial/conceptual components of flexible learning”.

Para os profissionais da educação, é importante proporcionar formação que envolvam experiências pedagógicas diferenciadas de acordo com a formação inicial de cada educador, sem este passo todas as ferramentas entretanto já criadas não são utilizadas convenientemente.

Relativamente às competências adquiridas ao longo da vida, exteriores aos contextos formais, também é importante criar metodologias e ferramentas de um reconhecimento académico e social. Pois a sociedade atual e o mercado de trabalho são cada vez mais exigentes quanto à experiência e formação dos trabalhadores. Com esta evolução, também evolui o sector empresarial e melhoram também os níveis de qualidade de vida dos trabalhadores, pois a educação é a base para a construção da sociedade real por meio da sociedade virtual e os hiperespaços de aprendizagem.

REFERÊNCIAS:

Associação Industrial Portuguesa - Confederação Empresarial. Aprendizagem informal e utilização das TIC nas PME Portuguesas. Lisboa: AIP, 2010. Disponível em:http://www.creativelearningconference.com/docs/Sintese_Aprendizagem_Informal.pdf Acesso em: Dez/2011.

Jacobucci, Daniela (2008). Contribuições dos Espaços Não-Formais de Educação para a Formação da Cultura Científica. Disponível em

http://www.seer.ufu.br/index.php/emextensao/article/viewFile/1675/1439 Acesso em: 09/11/2011

José Bidarra de Almeida – Professor da Universidade Aberta de Portugal

http://www.slideshare.net/bidarra/novos-ambientes-multimdia-interativos?src=related_normal&rel=7951826

Lévy, P. O que é o virtual? São Paulo: Editora 34, 1996

http://books.google.pt/books?id=IeNw_sOADVEC&lpg=PP1&dq=o%20que%20%C3%A9%20o%20virtual&hl=pt-br&pg=PA7#v=onepage&q&f=false

Manual de Ferramentas da web 2.0 para Professores – Ana Amélia A. Carvalho: http://www.crie.min-edu.pt/publico/web20/manual_web20-professores.pdf Acesso em: Dez/2011

Mason, Robin & Rennie, Frank (2008). E-Learning and Social Networking Handbook. New York: Routledge.

http://www.moodle.univ-ab.pt/moodle/mod/resource/view.php?inpopup=true&id=1675531

PINTO, Luis Castanheira. Maio de 2005. Cadernos Inducar.

http://www.inducar.pt/webpage/contents/pt/cad/sobreEducacaoNF.pdf Acedido em 02/2012

Siemens, G. (s/d) Flexible Learning. de elearnspace - everything elearning: http://www.elearnspace.org/starting/flexiblelearning.htm Acesso em: 12/2012


quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

ARE-11 Análise e Avaliação de Recursos Educativos Online


A nova realidade da educação escolar com  as novas tecnologias de ensino e aprendizagem, ampliam o acesso à educação de qualidade ou desqualificam o processo educativo.   Com a implantação de laboratórios de informática nas escolas e o projeto um computador por aluno conectados a internet, cabe aos gestores e professores a responsabilidade de seleção das ferramentas online à serem utilizadas nas escolas, o que com certeza dará essa qualificação ou não ao processo ensino aprendizagem desenvolvido na escola.
Analisar e avaliar recursos educativo online, deve ser a primeira ação de um professor antes de utilizá-lo em seus afazeres diários.  Hoje existe disponibilizado na internet uma série enorme de recursos educativos, e aqui vou utilizar a terminologia educacionais, que podem ou não levar aos objetivos propostos, seja em termos de aprendizagens, seja em termos de conteúdo e até mesmo enquanto recurso propriamente dito.
Em primeiro lugar essa análise e avaliação deve ser realizada pelo professor da turma em questão e não por ou outra pessoa, pois quem conhece o desenvolvimento, ritmo de aprendizagem dos alunos, planejamento e a metodologia que vem sendo realizada no processo ensino aprendizagem em questão, é com certeza o professor da mesma.

Uma das primeiras questões à serem verificadas é se o recurso disponível, realmente atende as necessidades educacionais do nível e modalidade de ensino, se o conteúdo  corresponde ao conteúdo a ser desenvolvido e se está adequado à realidade da turma.
Ainda sobre o conteúdo, além de ser significativo para os aluno deves-se verificar de antemão se realmente vem a reforçar, acrescentar e proporcionar a construção de conhecimentos .
Devem ser verificados também a linguagem, tanto em termos de língua oficial, quanto em termos de terminologias adequadas ao ano série, pois para os alunos  e principalmente em período de alfabetização, a linguagem tem de ser clara e que respeite a capacidade de leitura, interpretação e compreensão.
Certamente, o ideal é que o referido recurso não apresente soluções prontas, mas que instigue aos alunos à exploração e descoberta de novos recurso e complementação de conteúdos alargando assim as possibilidade de construção de novos conhecimento de forma individual e/ou grupal levando à aprendizagem colaborativa entre todos, alunos e professores.

Outra questão interessante de ser analisada é se o referido recurso proporciona avaliação, auto avaliação e/ou feedback, ajudando a melhorar o desempenho no sentido de atingir os objetivos propostos com tal atividade e compreensão dos conteúdos trabalhados pelo professor.
O professor deve sempre testar o recurso a ser utilizado em função de tais análises e também para conferir se o mesmo apresenta grau de dificuldade crescente, além de não reforçar ao erro mas sim se o recurso em análise estimula novas tentativas e busca do acerto.
Recomenda-se que seja analisado e avaliado o design do site, verificar se tem uma apresentação agradável, se não contém elementos em exagero o que proporcionaria a desatenção ao que se quer de fato trabalhar, desenvolver e se não tem uma aparência visualmente poluída.

Considero fundamental que o recurso educacional proporcione ao aluno interagir nas atividades e se possível que ele consiga construir, produzir com as informações e novos conhecimentos acessados, que permita ao aluno movimentar-se livremente entre os conteúdos e ferramentas de forma lógica e prazerosa.

Deve-se ter atenção ao fato de que se na turma há portadores de necessidades especiais, que estes recursos sejam também adequados ao mesmos, utilizando se necessário de recursos complementares que permitam ao estudante também participar de forma satisfatória das atividades e sinta-se plenamente incluído no processo de aquisição e construção de conhecimentos.

É importante verificar se as ferramentas disponibilizadas funcionam corretamente para evitar o desestímulo dos alunos nas suas tentativas de solucionar problemas e questões que envolvem a atividade proposta, testar também no laboratório de informática educacional da escola e no caso das escolas que desenvolvem suas atividades educacionais com o apoio tecnológico de laptops, como no caso um computador por aluno, tomar esse cuidado de testar o funcionamento do recurso educacional online, tendo em vista que muitas vezes necessita de um programa específico ou o sistema operacional não corresponde, o que pode ocasionar o mau funcionamento ou diminuir a qualidade do recurso.
As ilustrações devem estar condizentes e com boa qualidade, bem como vídeos e animações.

Há também disponível na internet uma série de repositórios de recursos e de atividades educacionais, estes mesmo que normalmente passem por criteriosa avaliação devem ser testados e inclusive conferido os itens mencionados acima, pois pode se encontrar por exemplo uma atividade muito boa para o segundo ano do ensino fundamental que não adequa-se a realidade da turma a ser trabalhada pelo nível de dificuldades, para mais ou para menos.

Outro cuidado interessante de ser tomado é verificar as permissões que o site disponibiliza, hoje temos uma gama de sites abertos ou seja recursos educacionais abertos disponíveis para o uso escolar, outros que podem ser utilizados com ressalvas e outros fechados, é bom conferir.

Uma possibilidade também interessante de ser conferida é se o recurso permite aos alunos guardarem de alguma forma, os resultados obtidos com a atividade para posterior conferência e/ou consulta.

Há disponível também uma série de salas de aula virtuais de aprendizagens, bem como plataformas que podem ser amplamente utilizadas para o ensino a distância ou complementar a sala de aula presencial, estas também devem ser analisadas e avaliadas a sua utilização, e aqui uma observação, tendo em vista a nova realidade escolar, seria interessante a utilização desses ambientes virtuais de forma complementar, já nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio regular, pois noto que a maioria destina-se ao ensino de adultos e a realidade que se apresenta é que um número considerável de escolas já vem utilizando recursos virtuais de aprendizagem desde a pré escola.

Para finalizar, ressalto a importância de se analisar e avaliar os recursos educacionais online disponíveis ao processo ensino aprendizagem, para que estes venham realmente agregar qualidade e sucesso de aprendizagens aos alunos, professores, e escola e ao sistema educacional de ensino.   Em um primeiro momento parece muito o que foi exposto mas com certeza em pouco tempo torna-se uma rotina obvia para o professor.


Obs:  Conto com os comentários do professor e colegas para qualificar este trabalho, pois pretendo trabalhar o mesmo com colegas professores das escolas com as quais trabalho.

Referências:
Conhecimentos anteriores ( leituras, reportagens, palestras )
Texto indicado na UC Análise de Recursos Educativos -ARE

Bibliografia:
Ministry of Education, British Columbia, Canada (2002). Evaluating, Selecting and Managing Learning Resources: A Guide (excerto).


domingo, 1 de janeiro de 2012

Are/11 - RECURSOS EDUCACIONAIS ABERTOS

Apresento para a fase 2 da atividade 2 a pesquisa de dois Recursos Educacionais Abertos:
A FAZENDA e CONSTRUIR COM CUBINHOS

Estes podem ser encontrados em:

A FAZENDA
 http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15134
CONSTRUIR COM CUBINHOS http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/19552

CRITÉRIOS DE ESCOLHA:
Os recursos atendem:
Nível de desenvolvimento da turma;
Faixa etária dos alunos;
Conteúdo a ser desenvolvido;
O acesso é aberto;
Os alunos das turmas que trabalham com os laptos educacionais, podem continuar estudos em suas residência.
No recurso fazenda, não teria nada a alterar, mas no recurso construir com cubinhos tentaria fazer com que o aluno pudesse construir bonecos, arvores casas etc... especificando, quantos cubos utilizou.

Os recursos serão usados articuladamente na atividade de aprendizagem (planificação de uma atividade de aprendizagem)


PLANIFICAÇÃO DE ATIVIDADE

Tema em estudo: Números e quantidades

Objetivo:
Desenvolver o pensamento lógico matemático.

Objetivos específicos:
_Desenvolver a noção número e quantidade;
_Resolver situações problema;
_Compreender a correspondência biunívoca;
_Desenvolver a noção de conjunto.

Público alvo:
Alunos do 2º ano do ensino fundamental.

Problema/questão a ser resolvida/investigada:
Os alunos do 2º ano do ensino fundamental, apresentaram certa dificuldade relacionar quantidade ao número que a representa e em cálculos elementares no dia a dia de sala de aula e fora da mesma.

Abordagem pedagógica:
A aprendizagem pode ser vista como a construção gradual e acumulação de artefatos cognitivos e linguísticos. Isso ocorre principalmente na interação colaborativa. Orientar os alunos utilizando material concreto e recursos educacionais on-line como ferramenta de estudo e como extensão da sala de aula, observando seus interesses, aos conteúdos programáticos do ano em estudo e para o longo de suas vidas.

Mídias e tecnologias a serem utilizadas:
Computador;
Internet;
Recursos Educacionais Abertos como:
A FAZENDA
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/15134
CONSTRUIR COM CUBINHOS http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/19552

Atores e papéis que deverão desempenhar:
Professores:  Avaliar, fornecer feedback, observar , apresentar informações, organizar atividades, mediar o desenvolvimento da atividade.
Alunos: Exercitar e vivenciar de forma virtual, situações do dia a dia.

Dinâmica da atividade:
A atividade acontece, em parte, face a face e em parte on-line.  O professor utilizará materiais concretos em sala de aula e recursos educacionais do laboratório de informática educacional e/ou do laptop em sala de aula.   As atividades on-line serão desenvolvidas nos recursos selecionados, primeiramente com o recurso a Fazenda e em continuação a fixação dos conteúdosserá realizada com o recurso construindo cubinhos.

Proposta preliminar das etapas/ações a serem realizadas:
Em sala de aula:
Conversa informal sobre o tema proposto;
Atividades com material concreto;
Proposição da atividade on-line;
Formação das duplas;

No laboratório de informática e/ou no laptop:
Revisão das noções de número e quantidades;
Acesso aos recursos indicados

Período de realização:
Duas horas aula, podendo ser ampliado para mais duas horas aula.

Avaliação:
Será realizada de forma direta no decorrer da atividade, comentários dos alunos, interesse demonstrado e resultados alcançados;   
Auto-avaliação;
Avaliação do crescimento da turma.


Referências:
Conhecimentos anteriores ( leituras, reportagens, palestras )
Textos indicados na UC Análise de Recursos Educativos -ARE

Site:
http://objetoseducacionais2.mec.gov.br

domingo, 6 de novembro de 2011

ARE/11 - A Questão dos Direitos de Autor e de Copyright

Há uma abundância de informações que você pode acessar na Internet, no entanto, em muitos casos você não será capaz de usar esses materiais legalmente, ou sem restrição. O desafio reside em parte no facto de lei de direitos autorais. Imagens, vídeos, podcasts, e páginas que são acessíveis na Internet, na maioria das vezes, possuem direitos autorais. Isso significa que pode não ser legal para você baixá-los, usá-los ou adaptá-los para as necessidades de seus alunos, ou redistribuí-los aos seus alunos ou de outros os professores.
A situação de incumprimento legal na maioria dos países é que o autor original, titular dos direitos autorais completos sobre suas criações, a menos que:
_Contratado de outra forma por seu acordo de trabalho, onde materiais desenvolvidos no trabalho pertencem ao empregador;
_Os direitos autorais da obra foi entregue a uma editora;
_ nos casos em que o autor declara que o trabalho será liberado sob domínio público.
Copyright completa significa que você não pode usar, adaptar ou redistribuir esses materiais sem a permissão expressa do detentor do copyright.
Baixar e usar uma imagem de um site de notícias sem que o proprietário de a permissão, pode parecer inofensivo, mas pode expor você e sua instituição a responsabilidade. Além disso, se você está pensando em compartilhar suas OER com os outros, a maioria dos sites online como YouTube e Flickr irá remover material de seus sites se eles recebem direitos autorais ou de propriedade - queixa relacionada. Isso significa que todo o seu trabalho podem estar em risco de ser apagados se você incorporar algum material protegido por copyright em seu trabalho.Em contraste, as licenças de direitos autorais pode ser usado para promover e incentivar o compartilhamento e reutilização de materiais educativos. Sem lei de direitos autorais, nós não poderíamos escolher como a nossa licença de recursos educacionais abertos (para exemplo, exigir outros para compartilhar as mudanças que eles fazem aos nossos materiais), porque uma licença só é executória no contexto da lei de direitos autorais.
Sob a lei de direitos autorais, cada professor, conferencista, treinador ou é o titular padrão de direitos autorais dos materiais eles criam ( a menos que seu instituição tem uma política explícita em contrário ). Porque você é o detentor dos direitos autorais, você pode optar por licenciar seu REA da maneira que você acredita melhor suporta os objetivos que você quer realizar através da partilha seus materiais.

_ Diferença entre copyright e direito de autor

Direito autoral, direitos autorais ou direitos de autor são as denominações utilizadas em referência ao rol de direitos aos autores de suas obras intelectuais que pode ser literárias, artísticas ou científicas. Neste rol encontram-se dispostos direitos de diferentes naturezas. A doutrina jurídica clássica coube por dividir estes direitos entre os chamados direitos morais que são os direitos de natureza pessoal e os direitos patrimoniais (direitos de natureza patrimonial).
Direitos do Autor não são necessariamente o mesmo que copyright em inglês (ou o aportuguesamento lexicamente aceite copirraite). O sistema anglo-saxão do copyright difere do de direito de autor. Os nomes respectivos já nos dão conta da diferença: de um lado, tem-se um direito à cópia, copyright ou direito de reprodução, do outro, um direito de autor; neste, o foco está na pessoa do direito, o autor; naquele, no objeto do direito (a obra) e na prerrogativa patrimonial de se poder copiar.
Deve perceber as diferenças entre o direito autoral de origem romano-germânica, com base no sistema continental europeu do chamado Sistema romano-germânico e o sistema anglo-americano do copyright baseado no Common Law, havendo por característica diferencial, o fato de que o Direito Autoral tem por escopo fundamental a proteção do criador e ao contrário o copyright protege a obra em si, ou seja o produto, dando ênfase à vertente econômica, à exploração patrimonial das obras através do direito de reprodução. No efetuamento do direito de reprodução, o titular dos direitos autorais poderá colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo tempo que desejar, a título oneroso ou gratuito.

_ No Brasil
No Brasil, atualmente essa matéria é regulada pela Lei n.º 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998. A lei brasileira abriga, sob a denominação direitos autorais, os direitos de autor propriamente ditos, bem como os direitos conexos. No caso do Brasil, os sucessores do autor da obra perdem os direitos autorais adquiridos setenta anos após a morte do mesmo, tal como indica o artigo 41 da Lei nº. 9.610,[1] de 19 de fevereiro de 1998.
De 2007 a 2009, o Ministério da Cultura do Brasil promoveu reuniões e seminários para discutir com diversos setores da sociedade a atualização do marco legal que regula os direitos autorais no país. Em 2010, o MinC realizou consulta pública para revisão da atual Lei de Direitos Autorais (Lei 9.610/98) com o objetivo de harmonizar os direitos de artistas e criadores com o direito ao acesso à cultura e ao conhecimento, e adaptar as regras às tecnologias digitais.
A nova ministra da Cultura, Ana de Hollanda, empossada em janeiro de 2011, declarou-se contrária às propostas de flexibilização da lei de Direito Autoral, defendidas pela gestão anterior. Determinou uma revisão do projeto que receberá novas contribuições da sociedade até o dia 25 de maio de 2011, e depois será encaminhado ao Congresso Nacional . A posição da ministra tem gerado grande debate no país sobre a legislação autoral. Tem motivado também grande oposição de setores ligados à cultura digital que pedem a implantação do Plano Nacional de Cultura, aprovado no governo anterior, que prevê, entre outras coisas, a adaptação da lei de Direito Autoral brasileira às características mais fluidas das redes eletrônicas .

_ Em Portugal
Em Portugal, essa matéria é regulada pelo Código dos Direitos de Autor e dos Direitos Conexos e pelo Decretos-Lei seguintes desde que não contrariem o disposto neste Código permanecem em vigor tais como: Decreto-Lei n.º 63/85, de 14 de Março, com as alterações feitas pela Lei n.º 45/85, de 17 de Setembro, pela Lei n.º 114/91, de 3 de Setembro, pelo Decreto-Lei n.º 332/97, de 27 de Novembro, e pelo Decreto-Lei n.º 334/97, de 27 de Novembro.

Fontes:
Gurell, Seth (autor) & Wiley, David (editor) (2008). OER Handbook for Educators 1.0. [http://wikieducator.org/OER_Handbook/educator_version_one]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_autoral

ARE /11 - Educação Aberta e o Futuro da Educação


O autor nos diz que por quase uma década, a abertura no contexto educacional tem sido um adjetivo que é usado para descrever os artefatos educacionais, coisas como livros, coisas como recursos, coisas como material didático, para ele quando se usa desta forma, a abertura é muito apertada para ensinar com seus materiais e livremente compartilhar, que para chegar a autorização de exercer o que chama de os quatro "Rs", sendo essas atividades Reutilizar, Redistribuir, Rever e Remixing.

Assim, enquanto os substantivos difere um do outro, quando estamos falando, estamos falando de conteúdo aberto ou recursos educacionais abertos ou livros abertos, as ações de operacionalização, o objetivo com cada um usa de abertura as palavra são as mesmas, é realmente sobre partilha, transparência e sobre ser generoso com o outro, sem dar, quando você compartilhar o seu conteúdo do curso ou até mesmo você que se move sobre recuperação de software aberto compartilhando seu código-fonte, a abertura é realmente sobre ser generoso.

Não se pode falar sobre educação, sem falar de abertura. Se não houver partilha, formas de compartilhar o que eu sei, se eu não o que lhe dá feedback, se eu não entrar nesse dar e receber com você, não há educação. Educação está a lidar com a abertura da empresa e generosidade de partilha. Então você dizendo que eu teria que a propriedade a educação pode dizer que a educação é a relação de partilha entre duas ou mais pessoas.

O educador bem sucedido é aquele que compartilha, divide minuciosamente o conhecimento com seus alunos.

E como a tecnologia afeta a educação?

A educação não pode ser copiada, plagiada. Pode ser transmitida sem que se perca. O educador pode transmitir sua experiência sem deixá-la esvair-se de si.

Educadores são como velas que acendem outras, sem jamais se apagar a chama. Temos que ter capacidade de compartilhar. A educação envolve muito mais do que tecnologia, esta é sim uma excelente ferramenta. A tecnologia pode não ser usada em todo o seu potencial. É certo que existem muitos benefícios, mas nem todos são usados adequadamente como: orkut, facebook, jogos online, etc...

A educação está a beira de sua própria reforma, aumentar a capacidade dos educadores de serem transparentes, abertos, fazer feedback, compartilhar material, experiências e conhecimentos , não serem estáticos, debater, trocar ideias, colaborar.
Doar não somente seus recursos, mas seu tempo. Quanto mais transparente e aberta, melhor será a educação.

Um pouco sobre o Dr. David Wiley:
Dr. David Wiley é Professor Associado de Psicologia Instrucional e Tecnologia da Universidade Brigham Young. Ele também é o Diretor Chefe de Abertura Flat World Knowledge e membro fundador e diretoria da Escola Aberta Superior de Utah. Ele era ex- professor adjunto de Tecnologia Educacional e diretor do Centro para Aprendizagem Aberta e Sustentável da Utah State University.


APRESENTAÇÃO

 SEJAM TODOS BEM VINDOS!
Este blog destina-se ao conjunto de Unidades Curriculares do Curso de Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia da Universidade Aberta de Portugal.