Perfil do Estudante Digital
Concordo com os colegas que colocaram que tornar-se um nativo/residente digital não depende exatamente da idade mas sim e principalmente, do interesse de cada um e que não temos que transformar as possibilidades que as novas tecnologias nos trazem em realidades que levem a educação tradicional.
Se falamos em interesses, temos que criar metodologias que despertem o real interesse dos aprendizes utilizando as ferramentas tecnológicas como meio para tal, proporcionando desafios, provocações instigantes na busca de resultados de aprendizagens, onde os professores sejam mediadores, condutores nesses caminhos de construção de conhecimentos, utilizando o passado como base, analisando se o que foi feito deu certo ou não, vivendo e conhecendo o presente ( aprendendo a aprender ) e construir o futuro, pois se hoje vivemos a dicotomia nativos e imigrantes digitas, futuramente esses conceitos tendem a desaparecer e acredito que seremos todos nativos digitais sem que isso signifique que atividades também com materiais concretos e/ou algumas tecnologias anteriores percam seu valor.
"Algumas pessoas que nasceram antes do aparecimento das tecnologias digitais parecem conseguir utilizá-las de forma tão eficaz como aquelas que nasceram após o seu aparecimento"
Concordo e vejo por mim mesmo que cheguei a frente de um computador já pelos trinta, logo já estava bem “alfabetizada”, buscando novas possibilidades e formas de utilizações facilitadoras nos processos de ensino aprendizagem.
"Estudantes digitais serão todos aqueles que:– dominam as ferramentas e tecnologias digitais; – utilizam-nas frequentemente no seu dia a dia; – utilizam-nas na aprendizagem para adquirirem e partilharem conhecimentos.
No Brasil temos o projeto Um Computador por Aluno – PROUCA que em Portugal se não me engano chama-se Projeto Magalhães este leva a todos os alunos e professores das escolas um laptop para cada, pois bem, desde agosto do ano passado colaboro com quatro escolas da região no desenvolvimento do projeto, desde a entrega e primeiras formações dos professores e alunos. Estas escolas estão localizadas duas em zonas urbanas, duas em zonas rurais e em municípios diferentes, na situação de zona urbana as comunidades escolares já possuíam contato com as novas tecnologias, pois possuem laboratórios de informática e salas de recursos na escola, já nas escolas em zona rural as comunidades escolares ainda não haviam tido muito contato. Hoje tanto professores quantos os alunos das referidas escolas, utilizam diariamente os equipamentos e considero a todos imigrantes digitais, pois tiveram acesso ao mesmo tempo, estão aprendendo juntos e com o mesmo entusiasmo, todos procurando novas funcionalidades e possibilidades para a aprendizagem tanto no que diz respeito ao uso das tecnologias disponíveis na escolas como os conteúdos programáticos das disciplinas em quanto ferramentas facilitadoras do processo educacional. Com certeza no futuro todos alcançarão o que chamamos hoje de nativos/residentes e não mais imigrantes/visitantes.
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